quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Vencedores e vencidos

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) entende que decisão da administração da Media Capital de cancelar o Jornal Nacional de Sexta-feira é «contrária à lei». O regulador irá agora apurar se houve interferências políticas no afastamento de Manuela Moura Guedes, que para já não comenta a decisão.

in Sol online

Fiquei contente com a deliberação da ERC. A decisão de cancelar o Jornal Nacional de Sexta-Feira só podia ser tomada pela direcção de Informação da TVI e nunca pela administração da Media Capital - as opções empresariais não se podem sobrepor às opções editoriais.
Relativamente à necessidade de apurar se houve ou não pressões políticas, penso que todos sabemos qual vai ser o resultado. Ainda que não se prove nada, esta decisão dá uma lição de humildade aos Sócrates e Marinhos Pintos que andam por aí. Executivos e bastonários há muitos...

Adenda: não estou a defender directamente a Manuela Moura Guedes, mas sim um direito que está consagrado na Constituição da República Portuguesa - o da liberdade de imprensa e meios de comunicação social.

2 comentários:

Eduardo disse...

a liberdade de imprensa não pode nem deve ser utilizada por um(a) pivot de um jornal em horário nobre como meio para expor opiniões e ataques pessoais..

Acima de tudo um jornal tem que informar as pessoas com factos e o jornalista responsável apenas deve expor esses mesmo factos, nunca comenta los da forma que MMG fazia

Luís Monteiro disse...

Sempre achei imensa piada à parte dos ataques pessoais ao primeiro-ministro. O Sr. Eng. José Sócrates é que parece ter telhados de vidro, senão vejamos: para quê tanta exaltação se sempre esteve de consciência tranquila? Dá que pensar, não dá?
O Jornal de Sexta-Feira sempre informou as pessoas, aliás, era campeão de audiências, deduzo que os telespectadores se sentissem informados. Esqueça-se o argumento de que todos os portugueses são burros, isso é leviano e prepotente – e torna-se, no limite, um argumento fácil e ignorante. As famílias (milhares delas, basta ler os relatórios da Marktest) que sintonizavam o televisor na TVI à sexta-feira à noite davam legitimidade às opções editoriais da TVI.
Agora, não me venham com tretas porque houve pressões políticas que levaram àquela decisão. Isso sim é anti-constitucional, anti-democrático, anti-ético, anti-tudo.
O assunto não é tão simples como parece - o caso da MMG representa toda a interferência que o poder político poderia vir a exercer caso esta deliberação não conhecesse a luz do dia. Isso sim mete muito, muito medo...