sexta-feira, 7 de novembro de 2008

País de memória curta

É horrível - para não dizer outra coisa - o que se passou no funeral do Badaró e, mais recentemente, da Milú. Além dos familiares mais próximos e uma ou outra cara conhecida, não havia mais ninguém. Onde estavam as figuras públicas e os ilustres desconhecidos? Estamos a falar de dois nomes grandes do espectáculo que fazem (?) parte da memória colectiva dos portugueses, pelo menos daqueles que têm hoje entre 40 a 50 anos.
Não sou do tempo de nenhum deles (nasci em 1982), mas tive o privilégio de ser educado segundo o lema que se deve conhecer o passado para compreender o presente. E esse conceito sempre me acompanhou. Lembro-me perfeitamente quando o meu pai comprou uma colecção de clássicos do cinema português (ainda em formato VHS) e de sentir uma empatia inexplicável com actores como António Silva (quanto a mim, o melhor actor cómico português de todos os tempos), Vasco Santana, Milú, Ribeirinho, etc. Por lhes reconhecer valor e génio, ainda hoje os vejo como figuras marcantes que merecem que tudo seja feito para serem lembradas.
Voltando ao assunto principal, admito que fico triste ao constatar a facilidade com que se esquece o passado. Vivemos num país com memória curta.

Para os mais novos, deixo aqui um sketch (audio) da autoria de outro grande nome do espectáculo - Raúl Solnado - que toda a gente devia conhecer. Meninos e meninas, apresento-vos a «A Guerra de 1908»:


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